segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Lasar Segall

Lasar Segall nasceu na Lituânia, então sob domínio russo, e se naturalizou brasileiro, alimentou sua arte com as lembranças de sua juventude, representando a figura do imigrante, do rapaz vagabundo, da família pobre, do operário, do apaixonado e do sofredor, já que, como judeu exilado, nunca esqueceu os horrores da guerra.
Ao deixar sua terra natal, Segall passou a residir na Alemanha. Durante os anos de 1906 a 1909, cursou a Academia Imperial de Belas-Artes de Berlim.
Em 1910, mudou-se para Dresden, onde freqüentou a Academia de Belas-Artes, participou da vida artística da cidade e realizou sua primeira exposição individual. Diretamente influenciado pelo expressionismo alemão, suas telas pintadas nessa época (1912-1923) definem-se por sua construção geométrica e pelo colorido sóbrio. Veio pela primeira vez ao Brasil em 1913, realizando as duas primeiras exposições de arte moderna do país, uma em São Paulo e outra em Campinas.
Retornando à Alemanha, iniciou seus trabalhos em gravura em metal, litografia e xilogravura. Realizou exposições individuais em Hagen (1920), Frankfurt (1921) e Leipzig (1923). Fixou-se no Brasil em 1923, naturalizando-se brasileiro. Conheceu Mário de Andrade e integrou-se ao movimento modernista. Nessa fase, sua pintura modificou-se: recebeu cores mais vivas e passou a representar temas tipicamente brasileiros. Na segunda metade dos anos de 1920, desenvolveu as séries de gravuras Mangue e Imigrantes. Expôs seus trabalhos feitos no Brasil em várias cidades da Alemanha, em 1926.
Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, compôs a série de pinturas sobre os grandes dramas da humanidade, como Progom, Navio de Imigrantes e Guerra. Em 1949, principiou sua última fase, na qual elaborou Floresta (1950-1955). Ritmada por longas linhas verticais, essa série de aquarelas embebidas de ingenuidade popular é notável pela utilização máxima dos recursos que esse tipo de pintura oferece e pelo belo resultado obtido.


Foto de Lasar Segall

Aldeia Russa 1913

Cabeça de Russo 1913

Homem com violino (pintura a óleo) - 1909


Dor - Litografia de 1909

técnica de gravura envolve a criação de marcas (ou desenhos) sobre uma matriz (pedra) com um lápis gorduroso.
Dez anos após sua morte, em 1967, a casa onde morava, na Vila Mariana, em São Paulo, é transformada no Museu Lasar Segall. Vale a pena conferir sua liberdade de expressão e criatividade.


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